terça-feira, 3 de junho de 2014

Memorial do Crea-CE recebe doações para acervo




     Com a iniciativa de preservar a história da engenharia local, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea-CE) se prepara para inaugurar, em 1º de agosto próximo, o memorial da autarquia, que se chamará Engenheiro Civil José Augusto Fiúza Pequeno e será localizado no 2º andar do  prédio. Com a aproximação da data, a autarquia está recebendo doações para a montagem do acervo. 

     O Conselho solicita a doação de fotos, documentos, livros, filmes, homenagens, peças ou símbolos alusivos a comemorações (incluindo medalhas e placas), documentos sonoros, iconográficos e cartográficos que possam enriquecer a memória das engenharias e da área técnica representada pela autarquia no Ceará. 

     A doação é a modalidade mais usual, quando se trata de arquivos pessoais ou de instituições. No entanto, é possível ao doador ceder seu material através de um termo de doação ou empréstimo, no qual ficam estabelecidos critérios de concessão, uso, reprodução e prazos de guarda.



PRESERVAÇÃO
     Diante da importância de conscientizar as pessoas sobre a relevância de se preservar essa história, o presidente do Crea-CE, engenheiro civil Victor Frota Pinto, falou que o memorial é mais uma ação visando aproximar os profissionais e a sociedade de fatos que marcaram a evolução da área tecnológica no Ceará. “Investimos no setor porque somos uma instituição que, também, se preocupa em preservar valores e memória. Dessa forma, intensificamos a inserção do Crea na sociedade, abrindo o espaço para todos”, disse.
     Para mais informações, entre em contato com a assessora cultural Silvana Figueirêdo, pelos telefones: (85) 3453.5860 ou 8743.8199 ou pelo e-mail: memorial@creace.org.br.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Diferença de loteamento e condomínio pode influenciar compra de imóvel.




               Parece a mesma coisa, mas não é. Condomínios e loteamentos fechados são empreendimentos com concepções distintas, mas que acabam provocando a maior confusão na cabeça de consumidores e investidores que não conseguem ver as particularidades de cada um. O engano ocorre principalmente quando o próprio loteamento é comercializado com ares de condomínio fechado, primando pela segurança trazida com a instalação de uma guarita e a oferta de espaços de lazer. “É muito comum fechar o loteamento com uma portaria na entrada e chamar de condomínio, mas continua sendo um loteamento, só que fechado”, alerta José Carlos Manetta, conselheiro da área das loteadoras da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG). A diferença básica é que no loteamento se compra apenas a área referente ao lote, enquanto no condomínio será a fração ideal que engloba não apenas a área de uso privativo, como também a de uso comum, como as ruas de acesso, a área verde e o espaço de lazer. “No caso do loteamento, quando aprovado, o sistema viário passa a ser de domínio público. Por isso, não se pode proibir a população em geral de ter acesso às ruas e ao espaço verde localizados ali, já que são públicos”, afirma José Carlos. O que ocorre com frequência é um controle de circulação por meio da apresentação de documentos na portaria, mas não é permitida restrição ao acesso. Este loteamento pode permanecer fechado enquanto houver consentimento do município. “O que pode acontecer é uma concessão de direito de uso para aquele empreendimento. Mas, a qualquer momento, esse espaço pode ser aberto”, afirma Carla Modina Ferrari, membro do comitê de comunicação social da Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp). Quem compra achando que vai contar com os mesmos benefícios de um condomínio fechado pode se decepcionar ao ver a área sendo compartilhada com moradores da região ou mesmo o seu enquadramento como um novo bairro da

Máquina 3D é capaz de imprimir casas em 20 horas e com baixos custos.



                 Casas construídas em velocidade recorde e com a vantagem de exigir menos custos com mão de obra. São essas as grandes vantagens da Contour Crafting, uma impressora 3D gigante que pode produzir uma casa, feita por encomenda, em apenas 20 horas.
               A criação é de Behrokh Khoshnevis, professor da University of Southern California, que surpreendeu todo mundo mostrando que é possível imprimir em terceira dimensão uma casa de 185 metros quadrados, em menos de um dia, exatamente com o mesmo processo (camada por camada) que uma impressora 3D utiliza pra montar uma peça menor.

               Os muros e paredes são feitos com sobreposições de concreto, mas o mais incrível é que a máquina pode ser programada para pintar paredes, adicionar telhas, pisos, encanações e fiação elétrica. A forma rápida como tudo isto é feito pode ser essencial para uma situação de desastre natural, por exemplo, em que as casas precisam ser reconstruídas em pouco tempo.

Certame Bienal de Arquitetura de Veneza abre com projeto português.




                        O jornal tem como título "Homeland | News From Portugal", e vai ter três edições, em inglês, num total de 165 mil exemplares, que serão distribuídos gratuitamente, ao longo do certame internacional dedicado à arquitetura.
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               Ao contrário de edições anteriores, a representação portuguesa, não estará num pavilhão ou num espaço em forma deexposição, mas neste projeto definido como "dispositivo não convencional", pela Direção-Geral das Artes (DGArtes), organismo da secretaria de Estado da Cultura responsável pela representação oficial portuguesa.
               O projeto é comissariado pelo arquiteto Pedro Campos Costa e terá produção da Trienal de Arquitetura de Lisboa, presidida pelo arquiteto José Mateus.
               O jornal, segundo o projeto, irá reportar conteúdos noticiosos produzidos com base em duas áreas de reflexão: "Cronológica", onde se pretende perceber, através de várias perspetivas e pequenos estudos, qual a evolução da habitação em Portugal, e a "Propositiva".
               Na reflexão "Propositiva", terá seis temáticas tipológicas, com seis projetos urbanísticos que decorrerão ao longo dos seis meses de duração da Bienal e que serão protagonizados por seis grupos de arquitetos, focados em seis cidades portuguesas.
              As cidades são Porto, Matosinhos, Loures, Lisboa, Setúbal e Évora; as seis tipologias habitacionais são a temporária, informal, unifamiliar, coletiva, rural e reabilitação.
               É intenção da DGArtes que sejam criadas propostas que fiquem para o futuro, como "instrumentos de intervenção que promovam e qualifiquem a arquitetura e o urbanismo em Portugal".
               Quando o projeto foi apresentado, em março, a agência Lusa questionou o diretor-geral das Artes, Samuel Rego, sobre se o projeto de Portugal em Veneza foi condicionado pelo reduzido orçamento disponível - de 150 mil euros, metade do valor da edição anterior, em 2012 - Samuel Rego rejeitou a ideia, sublinhando que "resulta de uma grande capacidade de inovação".
               Samuel Rego adiantou que os jornais vão ser distribuídos no decurso da Bienal por máquinas "estrategicamente colocadas no espaço da exposição".
Na mesma altura, o comissário Pedro Campos Costa disse à Lusa que "o formato de jornal, assumido para dar forma ao trabalho expositivo, permite uma abordagem gráfica e linguística mais direta e assertiva, sem no entanto deixar de ser reflexiva e profunda sobre os desafios que a arquitetura enfrenta no nosso país".
               Adoc Architects, André Tavares, Artéria, Ateliermob, Like Architects, Mariana Pestana, Miguel Eufrásia, Miguel Marcelino, Paulo Moreira, Pedro Clarke, Sami Arquitectos e Susana Ventura são os arquitetos que vão participar no projeto de Portugal, em Veneza.
A 14.ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza vai decorrer até 23 de novembro e tem como curador geral o arquiteto holandês Rem Koolhaas, autor do projeto da Casa da Música, no Porto, que definiu o conceito "Fundamentals" como tema base da edição deste ano.
               Rem Koolhas sublinhou, quando foi convidado, que esta edição da bienal será sobre arquitetura e não sobre arquitetos.

Em que situações de reforço estrutural o uso de fibras de carbono é indicado? Qual a função desse material?



               As fibras de carbono apresentam como características principais elevada resistência à tração e elevado módulo de deformação, com valores que chegam a superar as propriedades correspondentes dos aços de mais avançada tecnologia. Em relação aos demais sistemas de recuperação e reforço estrutural, as mantas de fibras de carbono têm como grande vantagem ocupar espaço muito reduzido, ou seja, mantas com 5 mm ou 6 mm de espessura em geral são suficientes para as obras correntes de reforço estrutural. Como as fibras atuam unidirecionalmente, devem ser aplicadas sempre na direção das linhas de tensão que se está tentando combater. Nas peças fletidas de concreto armado ou protendido normalmente ocorrem fissuras ou microfissuras perpendiculares ou ligeiramente inclinadas em relação às tensões de tração mais importantes, ou seja, as fibras de carbono devem ser aplicadas perpendicularmente às fissuras. No caso de fissuras de cisalhamento, que ocorrem em geral próximas aos apoios das peças fletidas, as fibras também serão posicionadas perpendicularmente às fissuras, sendo agora solicitadas ao corte. Embora com desempenho inferior àquele verificado quando atuam tensões normais de tração, também nesse caso as fibras apresentam boa resistência, podendo- se dimensioná-las em função da solicitação, o que também se verifica no caso do reforço das seções submetidas a momentos fletores. As mantas de fibra de carbono também podem ser aplicadas em outras situações, como o cintamento de peças comprimidas (com insuficiência de estribos), reforço de lajes, banzos de treliças e outros, não se limitando ao concreto armado ou protendido

Centro Administrativo do Distrito Federal adota sistema construtivo formado por pré-lajes preenchidas com esferas plásticas.

               

               O Centro Administrativo do Distrito Federal (CADF) é um complexo composto por 16 edifícios com 180.041 mil m² de área construída, criado para abrigar os servidores públicos que hoje trabalham em diversos imóveis da região. O empreendimento deveria atender premissas como a racionalização e o desenvolvimento de soluções que permitissem grandes vãos, como demandava o projeto arquitetônico. Então, para erguer os mais de 100 pavimentos do complexo, o Consórcio Construtor CADF, formado pelas empresas Odebrecht Infraestrutura e Via Engenharia, optou pelo emprego de lajes planas executadas a partir de módulos pré-moldados e preenchidas com esferas de polipropileno, que ocupam as zonas em que o concreto não desempenha função estrutural.
               As esferas plásticas foram desenvolvidas por uma empresa dinamarquesa, que atua no mercado europeu desde 1998. Chegou ao Brasil dez anos depois, mas ainda há poucos projetos em execução com o sistema por aqui, sendo o do CADF o mais emblemático. De acordo com a empresa, nos primeiros meses de atuação no mercado nacional houve um foco maior na formação de parceiros que pudessem compor a cadeia produtiva do produto. Um desses parceiros é a Braskem, que desenvolveu em conjunto com a empresa as esferas com as especificações necessárias para atender ao mercado nacional. Vale lembrar que a Braskem, fornecedora da matéria-prima, faz parte do mesmo grupo da Odebrecht Infraestrutura, que integra o consórcio construtor da obra no Distrito Federal.

Sede da Odebrecht em São Paulo aposta em sistemas construtivos industrializados

          

            Recém-inaugurado às margens do rio Pinheiros, o Edifício Odebrecht São Paulo (Eosp) irá concentrar, em um único lugar, as atividades de 16 empresas do grupo de engenharia e construção na capital paulista. Com 58 mil m² de área construída e 18 pavimentos-tipo, a torre foi projetada pelo escritório Aflalo/Gasperini Arquitetos para abrigar uma população de aproximadamente 2.500 profissionais.

        Do ponto de vista arquitetônico, um dos desafios foi traduzir austeridade ao edifício, tanto em sua volumetria, quanto na aplicação dos materiais, que priorizou a busca por inovações tecnológicas e sustentáveis. "O conceito do projeto nasceu da condição de ser a sede regional de uma grande empresa e da necessidade de ter uma identidade marcante", revela a arquiteta Grazzieli Gomes Rocha, diretora de criação do escritório Aflalo/ Gasperini Arquitetos. Ela conta que o programa deveria contemplar espaços que favorecessem a integração entre os funcionários. Por isso, além das lajes corporativas, o empreendimento conta com restaurante, auditório com capacidade para 166 pessoas, centro de cultura e praça com bicicletário. Há, também, seis sobressolos e um subsolo, com um total de 1.141 vagas.


                Condicionantes como tempo e custo de obra contribuíram para o partido adotado. Em vez de construir subsolos em uma área de solo reconhecidamente complicado, os arquitetos criaram um embasamento mais alto para abrigar boa parte das garagens e áreas especiais do programa como o auditório. Tirando proveito da vista disponível na cobertura do embasamento, foram criados, nesse pavimento, uma praça elevada aberta para os funcionários e um restaurante.
            O edifício ocupa um quarteirão inteiro no bairro do Butantã e sua concepção incorporou ações visando a melhor integração urbana possível com o entorno. Toda a fiação foi enterrada e, ao longo do passeio público, foram plantadas árvores para gerar sombreamento. As fachadas também foram pensadas com o objetivo de qualificar o passeio do pedestre. "O edifício possui uma forma bem limpa e regular, no qual trabalhamos com duas linguagens em L com marcações horizontais que abraçam uma pele de vidro", conta Grazzieli.